Consta que a Junta de Freguesia, depois da bronca das contas das festas que rebentou na assembleia do dia 27 de Abril, vai entregar o dinheiro que sobrou (falou-se em mais de 14.000 euros) e a responsabilidade das festas da vila de 2007 a uma associação recentemente criada.
Se for verdade, muitas perguntas ficam no ar: por quê tal ou tal associação ou colectividade e não outra qualquer? Com que critério são escolhidos os beneficiários e desprezados outros? Vai a Junta fazer um concurso público, com as condições que exige, com o subsídio que dá e um prazo para aprecerem candidatos, ou vai dar de mão beijada a quem lhe apetece?
Mas se for verdade que a tal associação é a preferida, então volta a colocar-se a questão da sua ligação umbilical à Junta e do papel por esta atribuido no quadro da luta contra Guimarães.
A ver vamos se nós é que estamos mal informados....
In: Jornal "Avante"
O PCP reprovou as contas da Junta de Freguesia do ano de 2006.
E reprovou-as por quatro razões fundamentais, a saber:
1. as contas não respeitam integralmente o quadro jurídico que as rege. Embora não sejamos dados a formalismos excessivos entendemos que há mínimos a respeitar. Assim, no que ao saldo transitado de 2005 diz respeito, o mesmo só pode entrar nas contas do ano seguinte quando se procede a uma alteração orçamental, o que não foi feito.
2.a Junta gastou quase tudo em actividades e para se manter em funcionamento. Ou seja, a Junta não investiu. Entre gastar em obras ou em actividades, como passeio de reformados ou festas, por exemplo, preferiu estas àquelas.
3.as contas das festas de S. Pedro não foram apresentadas de forma a permitirem fácil consulta e total esclarecimento. Pelo contrário, levantam dúvidas e reservas. Agora como no passado.
4. não foi apresentado o relatório da actividade, no que a Junta é repetente. Aliás, foi uma situação idêntica que motivou queixa nossa à IGAT, a qual chamou a atenção da Junta para o incumprimento da obrigação legal.
PS: os acontecimentos em que se envolveram alguns eleitos, levando a discussão para fora do conveniente e aceitável, mereceram o nosso repúdio. A Junta não tem emenda . Repetir erros que no passado lhe apontamos nas contas das Festas, não abona a seu favor. E por isso a condenamos. Mas daí até às palavras azedas, reciprocamente atiradas, que atingem a honra, vai uma distância que não devia ser percorrida. Não devia ter sido, mas foi. Lamentavelmente.
«Basta de injustiça - Mudar de política para uma vida melhor» é o lema de uma «campanha nacional contra a precariedade, pela defesa dos direitos e condições de vida dos trabalhadores e da população» que o Secretário-Geral do PCP vai apresentar na terça-feira, dia 10, às 18h00, no Centro de Trabalho Vitória, em Lisboa. Esta iniciativa, que decorrerá em todo o país até ao início do mês de Junho, realiza-se num quadro em que o Governo PS desenvolve uma política ao serviço dos grupos económico-financeiros e degrada as condições de vida e de trabalho.
Depois das maternidades, das escolas, dos centros de saúde e das urgências, chegou a vez de fechar tribunais. O país está em saldo. Ou melhor, for sale, para ir de encontro aos devaneios promocionais do ministro Manuel Pinho.
Veja-se o mapa dos saldos e concluir-se-à que o interior vai ficar sem nada ou com muito pouco. Depois estranham que as pessoas fujam para o litoral e cerquem as cidades grandes e médias e choram lágrimas de crocodilo sobre a desertificação do interior.
O Governo PS/Socrates decidiu taxar os internamentos por doença dos portugueses a quem o médico prescreveu a necessidade de uma operação, depois de ter taxado os meios de diagnóstico. É a realização do sonho da direita: quem quer saúde paga-a, lembram-se?
Porém, mais vergonhoso do que mais esta aproximação do partido socialista à direita, é o pressuposto em que a medida assenta. Para o Ministério da Saúde os portugueses mais pobres (os outros frequentam hospitais privados) vão voluntariamente para o bloco operatório, demonstrando estranhos apetites, e esse voluntarismo sai caro ao erário público, razão para moderar tais ímpetos. Por isso o PS estendeu a taxa moderadora aos internamentos e às cirurgias! Simplesmente vergonhoso.
A Universidade Independente tem estado na ordem do dia por motivos nada abonatórios para a sua credibilidade. Mas há algo de que a Universidade não pode ser acusada. Da falta de empenho dos seus directores, professores e funcionários, trabalhando inclusive ao fim de semana se necessário. Tal facto fica provado na notícia do jornal “Expresso”. Este semanário noticia que o diploma do nosso primeiro-ministro, José Sócrates foi emitido a um Domingo. Apesar de todas as dúvidas levantadas sobre a UnI, que podem até levar ao seu encerramento, sublinhe-se este anormal trabalho domingueiro.