Ontem na reunião de Junta, o sr. Presidente da Junta anunciou o início das Festas de S. Pedro para o dia 15 de Junho com um evento organizado pelos jovens da JSD na Escola Eb23.
Perdoem-me mas com a incredulidade do que ouvia nem consegui fixar o nome do evento.

No final, no tempo que se reserva ao público questionei o executivo  se tinha ouvido bem ou se tinha interpretado mal. Foi-me respondido pelo sr. Presidente que: “Bem... eu disse jovens da JSD porque eles fazem parte desta organização... mas é claro que se trata de uma iniciativa de jovens Taipenses...”

E percebendo a razão que me levou a colocar a questão, disse mais:

“...O que se passou no outro caso era diferente, e se para o ano me aparecer uma solicitação nos mesmos moldes voltará a ser recusada.”

Mas onde é que nós estamos???...

Então o mesmo executivo que à 2 meses quase inviabilizava uma iniciativa da Comissão promotora das comemorações do 25 de Abril nas Taipas, alegando que da comissão faziam parte alguns militantes comunistas e como tal consideravam a referida iniciativa como um evento partidário, agora não só assume o patrocínio de uma inicíativa da JSD como ainda a integra nas Festas da Vila???

Será que depois de as Festas terem servido de trampolim ao arquitecto Constantino Veiga para chegar a presidente da Junta de Freguesia, agora vamos ter as Festas da Vila ao serviço do JSD/PSD???

Decididamente, este executivo perdeu a vergonha!!!

Apesar do que alguns subscrevem nos comentários aos dois posts anteiores o sobre o negócio da carrinha da Junta, continuamos, indiferentes, a procurar iluminar uma operação de compra que levantou dúvidas.

Hoje acrescentamos novos dados, e deixamos algumas interrogações.

A viatura foi adquirido a um stand pelo valor total de 10.000,00 euros, dos quais foram pagos pela Junta 5.000,00 euros imediatamente, ficando os restantes para depois. Como dissemos, este pagamento não está titulado por nenhuma factura, que seria emitida após o segundo cheque, embora a Junta tenha de imediato recebido o contrato de compra e venda para alterar a propriedade na Direcção Geral de Viação. 

O processo abortou devido a defeito insanável detectado pela Junta, a qual espera recuperar os 5.000,00 euros pagos.

Voltamos a dizer que a Junta foi atrás de um hipotético bom negócio, menosprezando os riscos e fazendo vista grossa ao princípio da transparência dos actos da administração pública. Facilitou e não pode facilitar.

Não esteve e continua a não estar em causa a honestidade pessoal de quem praticou tais actos. Esteve e está em causa um procedimento errado e condenável à luz da gestão do dinheiro dos contribuintes.

Resta acrescentar que o anterior proprietário - com quem a Junta não negociou directamente - foi uma firma de Dume, Braga, de nome Fibropainel, a qual deixou de funcionar em 2005, isto é um ano antes da compra pela Junta.

O facto de um irmão do presidente da Junta ser sócio dessa firma é irrelevante para a história.

Tal como prometido , aqui estamos a tentar clarificar o negócio da viatura outrora estacionada no Mercadinho e que a Junta disse ser sua.

No princípio, o negócio tem ares de normal, igual a muitos outros: alguém deixou de pagar as rendas da carrinha à locadora que a financiou e esta recuperou-a e revendeu-a à Junta de Freguesia de Caldelas.

Revendeu-a, mas o negócio não passou de um acordo de cavalheiros, porque alguma coisa impedia o vendedor de emitir o documento da venda, deixando-o para data posterior.

A Junta aceitou as condições, substituindo o primeiro comprador nos pagamento. No final a viatura seria dela.

Se as coisas se passaram assim, onde está o erro, perguntará o nosso leitor atento. O erro está em o negócio não estar suportado por factura ou contrato, mas apenas na palavra dos negociadores e isso é inaceitável à luz do princípio da transparência dos actos da administração pública ... e de qualquer contabilidade devidamente organizada. Lá diz o ditado, à mulher de César não basta ser séria, tem de o parecer aos olhos do povo.

Infelizmente, os negócios vão de mal a pior e daí que a época das promoções, saldos, baixas e rebaixas ou como lhe queiram chamar, deixasse de ser quando a lei manda, mas sempre que o comércio quer. Basta andar na rua e ter os olhos abertos para as montras.

Na política também há promoções. Veja-se o caso das eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa. A RTP promove o CDS, castigando os espectadores com directos de um congresso sem ninguém. Por quê? Porque o CDS morde no eleitorado do PSD. e isso interessa ao PS que estando no governo tutela a televisão pública. Os jornais e as tvs privadas fazem o mesmo, mas de sentido contrário, promovendo a Helena Roseta, porque a candidatura dita independente morde no eleitorado socialista. E não só a Roseta  também o BE e sobretudo o seu cabeça de lista, José Sá Fernandes, pela mesma razão e porque, além disso, morde no eleitorado comunista e isso é importante para dificultar uma mais do que provável maioria de esquerda em que a coligação unitária tenha um peso decisivo.

Dizer que o "caso Bragaparques" só foi denunciado pelo Sr. Dr. Sá Fernandes é mentira que os factos desmentem e os jornais e televisões sabem mas fingem ignorar, mas convém continuar a dizer para valorizar o BE à custa do silêncio sobre quem, desde o primeiro dia, se opôs, pelo voto, às negociatas, levou o caso às instâncias judiciais, entre as quais a polícia judiciária, que, por via disso, está a investigar. Outros, como Sá Fernandes, optaram pela providência cautelar que parou as obras e conduziu a custos financeiros elevados, pagos pelos contribuintes. Enfim, formas de fazer oposição e formas de promover nada inocentes.
 

Para que conste, publicamos este documento retirado do blogue o tempodascerejas:

" .... hoje pretendo sobretudo não passar ao lado da manchete do PÚBLICO do passado sábado que, com base em escutas feitas em Dezembro de 2005 a Domingos Névoa, proclamava que “Bragaparques não considerava PS e PCP obstáculo a negócio”, acrescentando-se na peça de desenvolvimento que aquele empresário afirmara então que “o PCP não pode fazer nada, nada”, “está ali quieto e calado”e “em banho-maria”.
Porque as manchetes têm a força que se sabe e porque pode haver quem pense que o administrador da Bragaparques, não sabendo estar a ser escutado, pode ter falado verdade, importa recapitular um conjunto de factos esclaredores.
Com efeito, importa recordar que foi em reunião camarária de 4-2-2005, ou seja a oito meses das eleições que deram a vitória à lista dirigida por Carmona Rodrigues e que permitiram a eleição de José Sá Fernandes pelo BE, que o PCP votou sózinho contra o negócio entre a CML e Bragaparques da permuta de terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular em Entrecampos.
Importa também relembrar que foi em 1-3-2005 que, na Assembleia Municipal em que a direita estava em minoria, foi aprovada uma deliberação indispensável à viabilização do citado negócio, com os votos a favor do PSD, do CDS, do PS, do BE e com o voto contra do PCP e do PEV.
E, por fim, importa reavivar que, face a patentes irregulariedades e fortes suspeitas de ilegítimo favorecimento da Bragaparques, em 1 e 6-8-2005, o PCP apresentou múltiplas participações ao Procurador junto do Tribunal Administrativo de Lisboa, à Polícia Judiciária, à Procuradoria-Geral da República, à IGAT e ao Tribunal de Contas, invocando a lesão do interesse público na citada permuta e na hasta pública de parte dos terrenos de Entrecampos realizada com a atribuição à Bragaparques de um direito de preferência que não tinha sido objecto de qualquer válida deliberação municipal.
Com tudo isto já decorrido ou em tramitação legal, tenho uma inegável dificuldade em perceber para que é que o alegado corruptor Domingos Névoa precisava de tentar subornar José Sá Fernandes. Fico porém feliz que um eventual corruptor tenha chegado sim à avisada conclusão de que, em relação a algumas pessoas e a uma força política, nem vale a pena tentar suborná-las ou corrompê-las.»
Relembrados estes factos, há uma pergunta que faço : quando Sá Fernandes chama a si o mérito da denúncia no «caso Bragaparques» estará a criticar o voto favorável ao negócio que o partido que o apoia - o Bloco de Esquerda - deu na Assembleia Municipal numa deliberação decisiva?"

Quem é que nunca “mal disse” das obras constantes nas auto-estradas portuguesas?

Quem é que não disse já “a concessionária merecia é que nós não lhe pagássemos”?

Pois é!

Ontem na Assembleia da República a maioria parlamentar socialista decidiu que os automobilistas vão continuar a pagar portagens mesmo que haja obras nas auto-estradas. Todos os outros partidos pretendiam inscrever na lei a suspensão de pagamento enquanto decorressem trabalhos nas vias.

Mais curioso ainda!

Ontem, o PS a votou contra o artigo que previa a suspensão de pagamento, menos de dois anos depois de ter votado, na generalidade, a favor dos projectos do PCP e do BE, que ontem rejeitou.

Ou seja, a bancada parlamentar do PS também comunga de uma frase bastante conhecida por estas bandas: "o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira!" 

Ora digam lá que as pressões e a protecção de interesses dos grupos económicos não funcionam!
 

Quanto aos utentes das auto estradas... esses ainda não tem "lobies" dentro do governo, como tal, pagam tudo!

Dizem-me que estão a decorrer em bom ritmo as investigações sobre a tal viatura adquirida e depois devolvida pela Junta de Freguesia.

Tenham calma e paciência, sff, que vai valer a pena ao que nos dizem.

Diz a comunicação social que o fiscalista Saldanha Sanches será o responsável financeiro da candidatura do PS/António Costa à Câmara de Lisboa. Junta-se a José Miguel Júdice, ex-Bastonário da Ordem dos Advogados, o mandatário.

Ainda segunda a mesma comunicação social, Saldanha Sanches declarou que "A política deve ser limpa e pode ser limpa” e ainda “Não estamos condenados aos dinheiros sujos da política”. Quem assim fala não é gago.
 

Para começar, Saldanha Sanches pode aproveitar e esclarecer as dúvidas do deputado socialista António Galamba, que há mais de três anos espera resposta ao requerimento à apresentado, como mandam as regras, à mesa da Assembleia da República, onde  "requere-se ao PRIMEIRO MINISTRO as seguintes informações:1)está o XV Governo Constitucional em condições de confirmar que a Parpública está a pagar ao escritório de advogados de José Miguel Júdice um milhão de euros de honorários por cada duas semanas de serviços prestados à "holding" estatal nesta fase de intermediação da venda de, pelo menos, 33,34 por cento do capital da Galpenergia ?2)em caso afirmativo, desde quando está o Estado a pagar esses honorários ?3)está o Governo em condições de confirmar já ter gasto 160 milhões de euros em consultadoria para privatizar a Galp, conforme noticia a comunicação social?António Galamba- 24.6.2004"

Depois, se lhe sobrar força e vontade, pode desfazer as dúvidas sobre as relações nebulosas entre o PS e "aquele" empresário português procurado pela justiça brasileira devido ao seu envolvimento no proibido jogo do bicho e feito cônsul honorário pelo actual governo PS/Sócrates, em sítio onde não há emigração portuguesa. Quem sabe disto É a eurodeputada socialista Ana Gomes que no blogue "puxapalavra" desanca nos seus pares, desde o inefável António Braga ao não menos inefável Lello. Diz que há pelo meio financiamento do bichoso empresário ao PS.

Parafraseando um bloguista da nossa vila, será que Saldanha Sanches vai assobiar para o lado?

O Instituto Nacional de Estatística acaba de publicar os dados sobre a evolução do desemprego. Ficamos a saber que a taxa de desemprego cresceu.

Temos em 2007 mais desempregados do que tínhamos em 2006 e mais, muitos mais do que quando o governo PS/Sócrates tomou posse.

E no entanto, ouvindo os governantes e o Partido Socialista, ficamos com a sensção esquisita de que todos metem a cabeça na areia e querem que a gente faça o mesmo. Não querem ver a realidade e querem que os outros vejam o que só eles vêem. Eles a anunciarem telejornal a telejornal, novos empregos e a taxa de desemprego a crescer, indiferente à mentira.

Caso para pedir ao PS e ao seu governo que se deixem de criar tanto emprego. É que quanto mais falam, mais são desmentidos pelos factos.

Sobre o Presidente da Venezuela, disse Eduardo Galeano, premiado escritor uruguaio reconhecido internacionalmente:

"Estranho ditador este Hugo Chávez. Masoquista e suicida: criou uma Constituição que permite ao povo demiti-lo, e arriscou-se a que isso acontecesse num referendo revogatório que a Venezuela realizou pela primeira vez na história universal". 

A Venezuela iniciou um processo  transformador que visa melhorar o nível de vida do seu povo, usando, para o efeito as suas riquezas nacionais, como o petróleo. E isso incomoda os privilegiados que contam com a colaboração dos comentadores comprometidos e com os partidos que não encontram mais soluções fora do pensamento único neoliberal.

Primeiro levaram os comunistas,
mas eu não me importei
porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
mas a mim não me afectou
porque não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
mas eu não me incomodei
porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
de alguns padres, mas como
não sou religioso, também não liguei.

Agora levaram-me a mim
e quando percebi,
já era tarde.

Bertolt Brecht

Não deixes que seja demasiado tarde para lutar. No dia 30 de Maio, luta também por uma vida melhor!

ADERE À GREVE GERAL!

"Portugal é paraíso de exploração de ilegais"

Manchete do "Diário Económico" de hoje, 16-05-2007

Os neoliberais defendem que é indispensável conter os salários - a tão falada moderação salarial - como condição para estimular o crescimento da economia. Trata-se de uma falácia nada inocente.

O economista Eugénio Rosa foi ao Eurostat, colheu os dados estatísticos que trabalhou, compilando o quadro abaixo que espelha o logro da campanha pela contenção dos salários como condição indispensável (dizem eles) à melhoria da competitividade da economia e ao seu crescimento pela via das exportações.

Como se pode conferir, a Suiça é o país onde se praticam maiores salários nos sectores da indústria e dos serviços e, em 2006, ocupava o primeiro lugar no ranking da competitividade mundial. Portugal, ao invés, é o país que piores salários paga entre os 13 do quadro e o lugar que ocupa no mesmo ranking é o 34º.

Duas conclusões óbvias: primeira, a competitividade é maior onde os salários são mais elevados e não onde eles são mais baixos;

segunda; apesar do aperto do cinto, Portugal em vez de subri na tabela mundial desceu do 31º lugar para o 34º.

Moral da história: a competitividade tem a ver com muitas variáveis e não apenas com os salários. Centrar o combate nos salários é uma opção política de classe.

Apanhada em flagrante e sem argumento válido para opôr à acusação e sobretudo à acção fiscalizadora da ASAE, a vendedora ambulante da feira das Taipas atirou: se andam atrás de artigos piratas, então porque não vão ao Sócrates? Diz que tem uma espécie de diploma!