Faz falta um programa de animação que suporte as horas que as pessoas passam na rua ou no jardim, como forma de fugirem à incomodidade das casas quentes.
Há bastantes anos atrás, havia as chamadas "verbenas" que proporcionavam a audição de bandas de música, com o seu reportório dito clássico e as suas rapsodias, menos eruditas, e uma vez por outra os conjuntos de música popular. Agora, tudo começa e acaba nas festas da vila, deixando de fora, sem animação, o verão com as suas noites a convidarem sair de casa.
Dir-se-à que hoje há variedade de oferta, tornando desnecessário o investimento da Junta de Freguesia ou da Câmara Municipal. Todavia, o que está disponível não serve os interesses ou os gostos do público mais velho, para o qual as discotecas, os bares e mesmo as esplanadas com espectáculos ao vivo ou de karaoke pouco ou nada dizem.
Além dessa falta de atenção para com quem prefere o convívio no espaço público ao convívio em espaço reservado, perde-se a oportunidade de mostrar a prata da casa, os nossos artistas, sacrificados na voraciadade de uma lógica comercial impiedosa que molda os gostos e impõe quem sobrevive e quem desaparece.
Não temos uma visão passadista da vida e das coisas. Não queremos voltar ao passado, mesmo que vestido com novas roupagens. Mas também não queremos deixar de ser quem somos como povo com identidade e história. Por isso, aqui fica esta reflexão de verão: uma terra vocacionada para o turismo tem de saber atrair turistas e tem de saber criar os motivos que arrastem as pessoas para o gozo e usufruto dos espaços públicos e dos equipamentos cívicos.
O filme fotográfico do dia de sábado na Festa da Fraternidade, já pode ser visto aqui:
Basta clicar em cima da imagem
Decorreu, no passado fim-de-semana, a Festa da Fraternidade, em Caldas das Taipas, no concelho de Guimarães. Fruto do trabalho voluntário, da dedicação, da consciência política e partidária dos comunistas das Taipas, a Festa, no seu segundo ano, foi alargada para dois dias, reafirmando a sua importância no panorama político e cultural do concelho de Guimarães, bem como a capacidade de organização e mobilização popular do PCP e da JCP.
No primeiro dia, dinamizado pela JCP e com um programa direccionado a um público mais jovem, cerca de 250 pessoas assistiram e apreciaram durante 3 horas o rock que se produz na cidade-berço. Ademir Martins, da JCP de Guimarães, numa pequena intervenção, resumiria o conteúdo da noite: «A luta também se faz com festa e alegria».
O segundo dia, com um programa mais tradicional minhoto e mais político, começou com a tarde infantil onde os mais pequenos participaram em jogos, fizeram desenhos e pinturas faciais.
Ao final da tarde, no espaço reservado aos livros, Sofia Horta fez a apresentação do romance O Tempo das Giestas, de José Casanova. Um romance que pretende contribuir para combater a campanha de branqueamento do fascismo. Seguiu-se uma sessão de autógrafos pelo autor.
Pelo palco começavam a tocar e cantar os «Pé de Feijão», um grupo vimaranense de música tradicional portuguesa, cuja actuação agradou às centenas de pessoas presentes e que, à medida que a noite se aproximava, foram crescendo em número e em animação. O recinto tornou-se pequeno e muitos ficaram à porta, do lado de fora.
Cândido Capela Dias, do Executivo da Comissão Concelhia de Guimarães do PCP, lembrando a situação social e económica vivida no concelho, alertou os presentes para os perigos de uma política que, conduzida pelo PS, agrada sobremaneira ao grande capital, como nenhuma outra agradou desde o 25 de Abril de 1974.
José Casanova trouxe à memória os tempos do fascismo e a luta que o PCP neles teve de desenvolver em condições difíceis. Fazendo a ponte para os nossos dias, o dirigente comunista chamou a atenção para alguns traços preocupantes na situação política actual, os quais, disse, sem poderem ser confundidos com as práticas do antes do 25 de Abril, revelam tiques de má memória.
Casanova referiu-se à Festa da Fraternidade como espaço aberto de convívio de comunistas e não comunistas, e trouxe à colação a Festa do Avante, que definiu como momento de camaradagem, de solidariedade, de convívio e de luta, na linha do combate dos trabalhadores e das populações por uma vida melhor, de que a Greve Geral de Maio e a grande manifestação de Julho, em Guimarães, foram os marcos mais significativos e de maior notoriedade, para os quais contribuíram muitas outras lutas de menor impacto mas nem por isso de menor importância.
O fim da festa foi animado por «Os Boémios», um grupo de música tradicional portuguesa, de Caldas das Taipas, que com a sua música fizeram a multidão cantar e dançar num ambiente de enorme alegria e amizade.
A festa foi um sucesso e para o ano está de volta, diz a organização de freguesia das Taipas do PCP.
Foi uma festa bonita, dois dias de confraternização, de convívio, onde a alegria esteve sempre presente, mas onde o combate político marcou presença.
Como presença marcaram centenas e centenas de pessoas, jovens e menos jovens. A sexta-feira foi dia, ou melhor dizendo, noite dedicada à juventude, com um programa intenso de música que entusiasmou e agradou aos convivas.
No sábado o programa foi pensado para um público mais variado e a oferta foi mais diversificada, com a feira do livro, o espaço para as crianças, o arraial minhoto cujo ponto alto foi, sem dúvida, a actuação dos "Boémios", popular agrupamento das Taipas.
No espaço dedicado ao livro estiveram expostas obras de Álvaro Cunhal e de José Casanova, escritor que esteve presente e apresentou a sua última obra "O tempo das giestas", que esgotou rapidamente.
E houve um tempo para a política. Candido Capela Dias, da concelhia de Guimarães e eleito na assembleia de freguesia, abordou a situação social com ênfase na situação que se vive no concelho e que é pior do que a sentida na generalidade do país. Abordou em particular a situação nas Taipas e com mais pormenor a deriva aventureira da gestão PSD/Constantino Veiga.
José Casanova, membro do comité central do PCP, recordou a luta dos comunistas pela liberdade e pela melhoria das condições de vida do povo e dos trabalhadores, contextualizando as lutas de hoje no processo histórico de emancipação dos povos. Trouxe à memória as jornadas de luta que se travaram este ano contra a política de direita do Governo PS/Sócrates e em defesa do regime democrático.
O arraial durou até às tantas. Para o ano há mais.
"Cumprindo o que vos prometemos e anunciamos há um ano, aqui estamos novamente com a Festa da Fraternidade, uma Festa maior na duração e mais abrangente nos seus propósitos."
Intervenção completa de Cândido Capela Dias, no comício da Festa da Fraternidade.
Mudem de rumo antes que seja tarde demais, exigiu o PCP da Junta de Freguesia de Caldelas, particularmente do seu presidente, na sessão da assembleia de freguesia de 17 de Julho.
A partir da análise exaustiva à gestão, o eleito comunista acusou o presidente e parte da sua equipa de por actos e palavras ofenderem a Câmara de Guimarães, quando para cumprirem o seu programa eleitoral precisam de obter o seu apoio a vários níveis. Alertando a assembleia para os efeitos perversos do rumo provocatório que a Junta tem trilhado e denunciando as consequências para as Taipas da aventura em que se meteu deliberada e conscientemente, o PCP convidou a Junta a alterar o seu comportamento e a procurar relações correctas com a Câmara, sob pena de o mandato se saldar por um rotundo fiasco, prejudicando as populações.
A denúncia foi feita na sessão da Assembleia de Freguesia, onde o PCP fez uma análise comparativa entre o programa eleitoral apresentado por Constantino Veiga em 2001 e o que foi feito por ele e a sua equipa, concluindo por um saldo claramente desfavorável para a Junta.
O texto completo aqui.
Prosseguindo a viagem pelas obras feitas, vamos hoje até à Casa das Artes, alí à esquina do velho mercado. Ou mercadinho, como o Tino gosta de dizer.
É um deslumbramento. Com a reparação do piso, repôs-se a rede eléctrica e descobriu-se a mina, que alguns turistas menos avisados confundem com a galeria de acesso ao "castro de saboroso", que é o mesmo que "Castro de Sabroso" no escrever dos navegadores da jsd-taipas.
Melhor que as obras, só mesmo os equipamentos: ele é o anfiteatro, a sala da prova da cerveja, a cozinha dedicada à genuina francesinha e ao churrasco, além do parque de estacionamento para viaturas em segunda mão e do observatório do futuro.
O Observatório do futuro, por alguns conhecido por "Casa do Tarot" leva o nome da Vila a todos os quadrantes das estrelas, projectando-o aquém e além Mercúrio, que como rezam as crónicas, é um deus mentiroso.
O primeiro ocupante da "Casa do Tarot" foi o Prof. Karaygo, vidente, mestre em adivinhação por cartas e búzios. Ele lê os astros e não há mal, pequeno ou grande, que ele não cure. Desde o mal de inveja, até coisas de casamentos, divórcios e namoro. Ele é o maior especialista nacional em amarração e traição à distância.
Consultas dia sim, dia não, em noite de lua cheia. Marcações ao vivo e a cores, porque os telefones estão sob escuta. Se você precisa de um ombro amigo, não telefone, vá. Aceita cheques, euros, dólares americanos, libras inglesas. Quanto a cartões visa, só o american card.
Na entrevista que concedeu à televisão, para se promover e promover o seu livro mais recente, Zita Seabra afirmou que Álvaro Cunhal entrou em Portugal em 1974 por Santa Apolónia, isto é por comboio. E mais disse que tudo isso foi uma encenação para copiar o regresso de Lenine à Rússia revolucionária.
Eu fui esperar Álvaro Cunhal e a Zita disse que também foi.
Mas eu fui esperá-lo ao Aeroporto e ela foi a Santa Apolónia. Um de nós mente, portanto.
É que Álvaro Cunhal chegou de avião e não de comboio. Logo chegou ao aeroporto da Portela e não à estação da CP.
A Zita perdeu a memória, depois de ter perdido a vergonha.
Na nossa viagem pelas obras prometidas e realizadas pelo Tino e sus muchachos, vamos agora deter-nos no parque de lazer, situado entre a margem esquerda do rio Ave, a praia seca, a rua do Tojal e o parque de campismo.
Não sabemos o que mais nos impressiona: se o espaço para os putos jogarem ao reino e ao botão; se o terreno dedicado à petanca e ao chincalhão; se a espaçosa alameda marginal, pontuada por mesas e bancos de pinho marítimo, se o alargamento do parque de campismo; ou as hortas biológicas que bordejam a rua do Tojal, que nas circunstâncias mais se parece com os jardins suspensos de babilónia.
A coisa foi bem pensada e melhor executada: uma parceria público-privado, ou, na clara linguagem dos filhos do plano tecnológico, uma PPP.
Os donos dos campos deram os campos e, em troca, receberam alvarás de construção que lhes permitem construir vivendas ao longo da Rua do Tojal. Ah, o quê? O Tino não pode passar alvarás? Não importa, se não pode passar pode prometer e quem promete o que pomete a mais não é obrigado.
Quantos aos outros proprietários de terrenos, foram pagos em títulos de tesouraria da comissão de festas da cerveja de 2006.
A obra já está proposta para as maravilhas de portugal e uma sondagem feita à porta da JSD-Taipas revela que 500 em cada 100 jovens sociais-democratas consultados estão contentes com o que mais ninguém vê.
A Festa da Fraternidade 2007 já tem o seu programa completo.
ENTRE OS DOIS DIAS, DESTACAM-SE:
A actuação de 3 BANDAS ROCK vimaranenses na sexta-feira à noite;
A TARDE INFANTIL com muita animação e diversão para os mais pequenos;
A presença de JOSÉ CASANOVA na Feira do Livro, que participará numa conversa/apresentação do seu mais recente e excelente romance: O Tempo das Giestas, e ainda numa sessão de autógrafos;
A intervenção Política que contará com intervenções de CÂNDIDO CAPELA DIAS, membro do executivo da Comissão Concelhia de Guimarães do PCP e JOSÉ CASANOVA, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP;
O encerramento com um grande espectáculo do TRIO "OS BOÉMIOS" que dispensam apresentações.
E como não podia deixar de ser, os petiscos e o bom vinho da região.
Este evento organizado pelos comunistas, é aberto e dirigido a toda a população vimaranense e outros, e juntará no mesmo espaço fisico, o convívio, diversão, cultura e intervenção política.
Pretende-se, tal como aconteceu no ano passado, uma saudável festa/convívio, num espirito aberto e no ambiente de fraternidade e solidariedade que marca inequivocamente esta iniciativa.
Aparece!!! e trás outro amigo também!
Pior que um cego que não quer ver, só mesmo muitos cegos que não querem ver. Mais, para que o silêncio não seja confundido com ingratidão, nós vamos prosseguir a divulgação do trabalho ciclópico desenvolvido pela actual junta de freguesia, porque é tempo de a Vila dar valor a quem o tem.
Vamos a isto, com gosto.
De entre os muitos exemplos de prédios devolutos já recuperados, destacamos um situado bem no centro. Destacamos este, mas podíamos destacar outros igualmente recuperados - e bem! - pela mão poderosa da junta, que assim cumpre o que prometeu. E se bem o prometeu, melhor o fez e faz. Só a oposição mal-dizente não vê o que os situacionistas se fartam de enaltecer: o Tino é um incompreendido.
Como exemplo de obra que marca o seu mandato temos a Casa da Família Ribeiro. Quando o Tino tomou conta da governança havia umas ruinas, com as quais todos se incomodavam e muito justamente. O Tino não foi de modas: borrifou-se para as leis, ignorou o direito e deitou mãos à obra com os resultados fantásticos que a foto documenta. Em resultado do seu muito querer, a casa foi recuperada.
A fachada da casa da família Ribeiro, no Largo Dr. João Antunes Guimarães, candidata a património da UNESCO.
Mais em pormenor os andares de cima. A beleza dos beirais, as varandas e o telhado sem telha:
Aquilo é um achado. Um verdadeiro ovo de colombo no arrojo das soluções. Tudo vale a pena ver, mas a proposta de telhado sem telha nem lage, além de contribuir para o arejamento dos apartamentos, torna a estrutura mais leve e flexível, permitindo o turismo em casa. E que dizer das escadas e dos elevadores? É uma obra perfeita, perfeita. Muito mais perfeita que a superbock sem álcool.
Ele há coisas fantásticas, não há?