Domingo, 24 de Fevereiro de 2008
Um Comunista na presidência de Chipre

Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Sobre as eleições presidenciais em Chipre

O PCP congratula-se com a eleição de Demetris Christofias como Presidente da República de Chipre e transmite as suas calorosas e fraternais felicitações aos comunistas e ao Povo cipriota por esta tão importante e significativa vitória.

A eleição de Demetris Christofias é expressão do papel histórico do AKEL - Partido Progressista do Povo Trabalhador de Chipre, do qual é secretário-geral - na luta dos trabalhadores e do Povo cipriota pela soberania, o progresso social e o socialismo.

O PCP confia que a eleição de Demetris Christofias constituirá um importante passo em direcção à reunificação de Chipre, causa à qual o AKEL - principal força política do país - se tem dedicado com grande determinação e firmeza.

 

Como nota de informação, acrescente-se que a percentagem de votantes nesta segunda volta das eleições presidenciais, atingiu os 90%. Um exemplo a seguir.



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Sexta-feira, 15 de Fevereiro de 2008
NAVEGAR À BOLINA

O Sr. João Silva, no seu blogue de BarcoàsTaipas , acusa-me de revelar uma pretensa superioridade moral e intelectual no post em que lhe respondi sobre matérias por ele tratadas. Embora não me reveja na acusação, peço-lhe desculpas se ele deduziu isso do que eu escrevi.

 

Repostas as coisas no seu devido lugar, vamos ao mais importante.

 

Caso Luiz Pacheco: o João Silva faz um ataque ao homem e mantém o que começou por afirmar . Aceita-o como escritor, mas rejeita-o como pessoa e acha que o PCP devia seguir-lhe os passos. Ainda bem que o PCP seguiu por outro caminho, é o que tenho a dizer.

 

Caso General Vasco Gonçalves: eu repito o que escrevi - o companheiro Vasco nunca esteve filiado em partido algum. Ele o disse e nenhum partido o desmentiu com factos. Presunção e água benta cada um toma a que quer. Se o João Silva pode provar o contrário, não com teses exdrúxulas mas com factos, serei o primeiro a dar a mão à palmatória. Se o não fizer, quem mente não sou eu, mas ele.

 

Depois, na ânsia de carrear artilharia pesada para sustento da sua campanha anti-Vasco Gonçalves, o João Silva deita mão, imagine-se ao quê?, ao programa do V Governo Provisório, de que o general foi primeiro-ministro. Ò João o que você invoca como argumento é a caracterização da situação do País em 1975, um retrato que serve de introdução e de justificação para as políticas que na óptica do general eram necessárias e inadiáveis, mas não eram as medidas! Sem pretender ir mais longe por agora, apenas refiro cinco ou seis factos incontroversos que ninguém pode roubar aos governos de Vasco Gonçalves: a introdução do salário mínimo nacional, o direito a férias, o direito à greve e à contratação colectiva, o direito aos subsídios de férias e de Natal.  Com isso quem beneficiou foi o povo trabalhador, que viu o fruto do trabalho ser repartido de forma mais justa.

 

E se isso em si mesmo, para mim, é um elemento positivo que abona a favor da governação de Vasco Gonçalves, foi conseguido sem desequilíbrio das contas públicas, o que surpreendeu a OCDE e o FMI, que tendem a desvalorizar o trabalho em benefício do capital e nunca esconderam a antipatia em relação à Revolução de Abril.

 

Eu sei que muita gente prefere contas públicas equilibradas, défices zero, etc. e tal ainda que isso implique salários de miséria, reformas de miséria, desemprego e pobreza. Mas eu não sou desses, meu caro João. Pode dizer que durante os governos de Vasco Gonçalves e de outros que o antecederam aconteceram coisas que não deviam ter acontecido, abusos se quiser, mas não pode negar que houve avanço social e que a riqueza foi melhor repartida, porque a contabilidade nacional está aí para o demonstrar. Se dizer isto é exemplo de "superioridade intelectual" sempre lhe direi que é apenas a verdade fria dos números que não pode ser contestada, nem ignorada, embora isso conviesse a muita gente.

 

25 de Novembro: repito - a história está por fazer. Há relatos, há interpretações a partir desses relatos individuais ou colectivos, mas falta o tempo, porque só o tempo vai fazer a verdade vir à superfície. Quando contrapus as palavras de Jaime Neves às do Cónego Melo, foi para evidenciar as contradições, os cinzentos, a penumbra que envolvem os alegados factos. Muitos dos protagonistas deles estão vivos e dão a sua versão, mas que não passa disso mesmo, da versão de cada um que é simultaneamente a versão de um co-participante, de um co-interessado. No direito, meu caro João, o testemunho de um co-arguido vale muito pouco ou mesmo nada e até lhe cabe o privilégio de poder mentir para sua defesa. Veja o que ainda hoje acontece com o assinato do rei D. Carlos. Cem anos: ainda se procura a verdade.

 

Olhe eu também podia invocar a minha versão do que presenciei e daquilo em que participei. Estava no local certo à hora certa, pode crer. Se o fizesse não faltaria que visse nisso o chamado argumento da autoridade, mas eu juro-lhe que também tenho uma visão pessoal dos acontecimentos a partir desse ângulo, como é óbvio. Por isso, deixemos que o distanciamento leve ao apuramento do que se passou, quem iniciou e quem foram os mandantes políticos do que poderia ter sido um momento grave da nossa história.

 

O João diz que os pára-quedistas se sublevaram e isso é factual. Mas a questão que interessa é quem colocou a banana onde eles escorregaram e aí é que as declarações de Jaime Neves são importantes, percebeu. Porque o que a estória pequenina que se vai escrevendo para a opinião pública é que em 25 de Novembro os militares do Ralis e de outras unidades desencadearam operações para tomar o poder, ocupando a RTP e por aí fora. E se isso não foi bem assim? E se os páras foram enganados e atraídos a uma cilada, quem esteve por trás disso e com que intenções. Sabe do que Jaime Neves se lamenta - de não o terem deixado  "dar cabo dos comunas", como era sua intenção, o que deixa perceber que os sectores mais reaccionários da política portuguesa estavam na sombra do golpe e que o golpe tinha objectivos. e se tinha objectivos, isso significa que não foi uma mera reacção à aventura dos pára-quedistas , percebe?

 

Finalmente, João, você reivindica o "direito à especulação". Como procurei demonstrar o que eu digo sobre o 25 de Novembro não sendo a minha especulação é o filme dos acontecimentos analisado a partir do meu lugar e não vale mais do que isso. Por isso eu não tenho uma opinião firme e inabalável.

 

De Otelo, Mário Soares e muitos outros protagonistas da Revolução do 25 de Abril de 194 a história se encarregará a seu tempo de os colocar no lugar certo. Quanto a Álvaro Cunhal apenas lembro o impressionante funeral e a iniludível participação popular e nacional, apesar das campanhas contra ele. O Povo, caro João, sabe distinguir o trigo do joio. Foi assim ao longo da nossa história colectiva, em momentos decisivos: sabe quem são os seus, mas depois deixa-se iludir e aposta em quem o engana.



publicado por org. pcp-taipas às 14:58
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Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008
Festa da Alegria 2008

DORBraga anuncia Festa da Alegria 2008

 

Assinala-se este ano o 30º aniversário da primeira edição da Festa da Alegria.
Comemorar os trinta anos após a primeira edição, não é apenas um mero resgisto cronológico de um acontecimento marcante na nossa região. É comemorar o arrojo de um pequeno grupo, que há época num  distrito mais triste e cinzento, ousaram sonhar a Alegria de muitos, e de tantos outros militantes comunistas, mas também homens, mulheres e jovens sem partido que depressa se associaram a este sonho transformando-o em realidade. Impossível diziam uns, empreitada difícil diziam outros, mas que encontrou neste enorme colectivo, o PCP, as forças e a alegria necessárias para que o sonho ganhasse forma, cor, cheiro,  sabor, e vida! Assim nasceu a Festa da Alegria.

 

Trinta anos depois, não podiamos deixar de homenagear esta capacidade de sonhar e de transformar. E que maneira melhor haveria se não levar a cabo a realização este ano da sua 15º edição! Nos dias 19 e 20 de Julho a Alegria está de volta ao Parque de Exposições de Braga.

Por apenas 12.50€, toda a gente (nomeadamente os milhares de portugueses que devido à carestia de vida não poderão este ano usufruir de merecidas férias, mas eventualmente de um fim de semana), poderá visitar o Parque de Exposições de Braga, onde terá acesso a um vasto e variado programa musical, com alguns dos nomes mais prestigiados da musica portuguesa, do rock, do folk, da musica tradicional, etc. Poderá ainda participar em debates sobre alguns dos temas de grande actualidade política e cultural, ver e apreciar um significativo conjunto de exposições, mas não só. À sua disposição na Festa haverá ainda, uma grande feira do livro e do disco. Poderão encontrar nos espaços de outras organizações regionais, que de norte a sul marcam presença nesta 15º edição, o artesanato, a gastronomia, os vinhos e petiscos de cada região.

Comicio é ponto alto!
Ou seja, este ano, a exemplo das anteriores edições, a Festa irá constituir o maior acontecimento Político-Cultural da região, concentrando um largo e diversificado conjunto de iniciativas Político-Culturais.
No plano político, o ponto alto da Festa será, como sempre,   o comicío no domingo ao final da tarde, com a participação do Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa. Na verdade, não se pode deixar de associar a Festa da Alegria 2008 a uma conjuntura política que, na região, é caracterizada por uma crescente intervenção e afirmação do PCP. Seja pela sua presença destacada na luta social e de massas contra o encerramento e destruíção de serviços públicos e contra a política anti-social e anti-democrática conduzida pelo Governo PS/Sócrates, que atinge brutalmente trabalhadores, reformados, jovens e população em geral. Seja pela sua intervenção nas instituições, designadamente na Assembleia da Républica onde a actividade do deputado Comunista eleito pelo Distrito de Braga, Agostinho Lopes, é considerada insubstítuivel e sem comparação com a dos outros 17 eleitos no distrito.

 

Com novo alento , rejuvenescida e com forças renovadas, nos dias 19 e 20 de Julho a Festa da Alegria está de volta! Festa popular, profundamente ligada às tradições e costumes minhotos, que tem no convívio alegre e caloroso o seu maior atractivo.

Uma festa para todos!



publicado por org. pcp-taipas às 22:54
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Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2008
CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA 2012

São conhecidas algumas das ideias e projectos do que deverá ser a Guimarães, Capital Europeia da Cultura, no ano de 2012. Aliás, 5 das obras constantes da candidatura já entregue em Bruxelas estão a ser objecto de debate público, com destaque para o muito que se vai dizendo na blogosfera .

 

Nas Taipas, alguns espíritos toldados por cegueira política e pela ambição pessoal, logo inventaram um esboço de alternativa, num gesto que não servindo a Vila serve os interesses de gente incapaz de ver acima da sua altura.

 

Mais importante e mais frutuoso que as trocas e baldrocas que deformam o debate necessário ao futuro das Taipas é saber tirar partido do que a reboque e por efeito induzido da CEC 2012 vai ser distribuído pelo concelho ou pode ser repartido pelo concelho. Para isso há que ter projectos e saber defendê-los no lugar certo, com os protagonistas certos.

 

Por exemplo, que tal se começássemos a trocar ideias sobre um projecto para os antigos banhos velhos? Sendo público que a Câmara de Guimarães manifestou vontade de recuperar o conjunto, talvez seja chegada a hora de os Taipenses dizerem o que pensam, não no plano a arquitectura e dos arranjos urbanísticos, porque esses pouca ou nenhuma discussão merecem, mas sim no plano das valências a considerar.

 

Para nós, e sem a pretensão de direccionar a discussão e muito menos de esgotar as hipóteses, parece-nos que aquele equipamento deve ter vários usos, desde a hotelaria à promoção de espectáculos e à cultura, apoiados nas tecnologias da informação e do conhecimento.

 

As Taipas e as freguesias à sua volta demonstram uma juventude dinâmica, irrequieta e irreverente, com propensão para a música e em especial para a música moderna. Por que não dotar esses jovens de um equipamento moderno e funcional, onde possam exercitar as suas potencialidades e as suas capacidades, sem grande incómodo para a vizinhança?

 

Aqui fica o nosso modesto contributo e o desafio para quem connosco queira aprofundar o assunto. É muito mais consequente do que filosofar em torno de ideias vagas e antecipadamente condenadas ao fracasso.



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Quarta-feira, 6 de Fevereiro de 2008
Onde está a obra?...

Em 2005, o candidato a presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, Constantino Veiga, escrevia com todas as letras no seu programa eleitoral:

VAMOS MUDAR POR UMA VILA MELHOR!

As nossas prioridades são:

- Requalificação da Praça J. Antunes Guimarães, Avenida da República e todas as entradas da Vila.

- Construção de um Chafariz na Praça J. Antunes Guimarães.

- Despoluição do Rio Ave e construção do novo Parque de Lazer, promovendo zonas de campo de futebol, ténis, petanca, ecopista para bicicletas, passeios pedonais, pista de manutenção, campo radical, parque de merendas, canoagem e gaivotas, praia fluvial na praia seca, zonas de concertos, bares de apoio, etc.

- Promoção de parques infantis em zonas habitacionais.

- Preservação e recuperação da zona histórica da Vila.

- A Casa das Artes a construir será centro das actividades culturais da Vila e irá funcionar no Antigo Mercado.

- Recuperação dos Banhos Velhos como Museu das Cutelarias. Um novo equipamento será proposto ao lado do edificio, para promover exposições de cutelarias, formação para empresários e operários ligados a esta indústria.

(P.S. - os negritos também estão no referido programa destacando assim estas promessas)

 

Em 2008, pergunta-se:

Onde está a obra prometida?...

Onde está a mudança?...

As Taipas ganharam ou perderam com a eleição de Constantino Veiga/PSD para a Junta?...



publicado por org. pcp-taipas às 22:58
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