Quem acompanha a vida social e política das Taipas sabe que há na Vila uma corrente de opinião maldizente, negativista e destruidora que tenta atirar baldes de lama para cima de pessoas que por uma razão ou por outra as incomodaram ou incomodam.
É um comportamento infantilizado da parte de gente complexada e com muitos telhados de vidro, perfeitamente identificada mesmo quando se esconde no anonimato, e que por isso mesmo merece nenhum crédito.
São as línguas porcas que vegetam pela Vila sempre a reclamar que alguém faça por eles o trabalho de enlamear e difamar, o que, no que ao PCP/Taipas diz respeito, está condenado ao fracasso.
Denunciaremos sem hesitações qualquer prática política que pela sua natureza e consequências represente um atropelo às leis, às regras e princípios da convivência democrática, pondo a descoberto casos e situações que prejudiquem o património público ou revelem actos de uso indevido e apropriação indevida de bens, recursos e propriedades pertencentes ao domínio público, estatal, municipal ou local. Desmascararemos os seus autores sempre que tal seja indispensável ao apuramento da verdade e a desfazer equívocos, para que a generalização não seja causa de injustiças. Mas rejeitamos a fulanizarão da vida política e não fazemos ou aprofundamos investigação por encomenda.
O PCP/Taipas defende hoje como no passado que os Poderes atendam às necessidades da Vila e por dever de coerência tanto o defende na assembleia de freguesia, como na câmara de Guimarães, como na assembleia da república ou no parlamento europeu. Quem estiver atento sabe que falamos a uma só voz e temos uma só postura, não variamos consoante o lugar onde estamos, o cargo que ocupamos ou a ambição pessoal dos protagonistas.
Em 2008, como em anos anteriores, defendemos que o Governo investisse nas Taipas na reabilitação dos Banhos Velhos e na construção da via de acesso Taipas-Guimarães. Estes dois investimentos fundamentais para o desenvolvimento da Vila são propostos anualmente desde o ano 2000, pelos deputados Cândido Capela Dias e Agostinho Lopes e são sistematicamente rejeitados pelo PS e pelo PSD. Quem tiver dúvidas, em vez de deitar lama, consulte as actas do diário das sessões.
No que à Taipas Turitermas diz respeito, o PCP, através de Cândido Capela Dias então vereador na Câmara de Guimarães, requereu o acesso às contas e à contabilidade. O PS, que governava tanto a Câmara como a cooperativa, depois de retardar até ao absurdo a resposta, ensaiou uma manobra que visava humilhar o requerente o que este naturalmente desmontou ao recusar que outra pessoa que não o presidente da câmara lhe respondesse. A democracia tem regras e formalidades que os democratas não podem aceitar que sejam desrespeitadas. Se o vereador do PCP aceitasse a oferta seria cúmplice numa manobra de baixa política com a qual o PS desviou as atenções do essencial: a gestão da Turitermas precisa de ser investigada a bem do serviço público que ela pode e deve praticar.
A Turitermas tem uma importância nuclear para o progresso da Vila. Pelo imenso e valioso património que gere e pela capacidade de atrair investimento num sector decisivo - o turismo. O PCP não alinha no coro dos que choram pelo regresso ao passado porque antes da intervenção da câmara, que apoiamos pelo voto, a sociedade anónima que geria o equipamento tinha desistido de agir, deixando que o complexo termal se degradasse por falta de dinamismo e de estratégia. Nessa altura, as portas da cooperativa foram franqueadas e poucos taipenses ousaram passá-las, compartilhando responsabilidades, direito de intervir e dever de lutar pelo que alguns saudosistas que na hora própria se demitiram continuam a reclamar como outros reclamam por Olivença.
Está encerrado o processo disciplinar que a Junta de Freguesia moveu à sua Chefe de Secretaria. Arminda Gomes, com esta a aceitar repor o montante em falta e a, além disso, ser sancionada com uma coima cujo valor reverte a favor de uma instituição sem fins lucrativos da Vila.
O que releva dos factos é a a convicção de que a secretaria da Junta andou sem controle e sem ninguém a dirigi-la, quer no plano administrativo quer no plano político. Neste mandato e nos anteriores.
Confirmou-se o que o PCP/Taipas previu e anunciou na Assembleia de Freguesia: houve dinheiro pago por feirantes e não só que foi registado fora do tempo e não entrou no cofre da Junta. O facto de o processo disciplinar apresentar um valor baixo não significa que por isso tem pouca importância, porque isso foi o que se conseguiu apurar ficando a dúvida sobre a eventual existência de outros não apurados neste processo e que por isso não foram considerados.
Foi levantada a ponta do iceberg. Há que rever práticas e apurar responsabilidades, para que não restem suspeitas nem a Junta seja prejudicada.
Em 8 de Janeiro o PCP/Taipas requereu à Assembleia de Freguesia informação concreta sobre o chamado "negócio da carrinha".
Porque os taipenses têm direito à verdade e a saber como são usados os dinheiros públicos e como são defendidos os interesses públicos ameaçados, aqui fica o têxto do requerimento em causa, que espera resposta breve.
"Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia de Freguesia de Caldelas:
Permita que antes do mais o cumprimente e lhe deseje um ano de 2009 de muito sucesso na condução dos trabalhos da assembleia a que preside, para honra da freguesia.
Como bem sabe eu tenho mostrado interesse em con hecer os pormenores do chamado "negócio da carrinha" que a Junta de Freguesia praticou. Em diversas sessões do órgão autárquico a que V.Exa preside confrontei o executivo sobre os contornos do neg´coio, na perspectiva de ver clarificado um procedimento que me pareceu e parece ainda pouco transparente.
Na esperança de desfazer definiivamente a nebulosa que envolve o caso, na qualidade de eleito pelo PCP na Assembleia de Freguesia de Caldelas, venho por este meio requerer a V.Exa que a Junta de Freguesia de Caldelas me forneça a seguinte documentação oficial:
1.fotocópia do contrato de compra da viatura ao stand de Braga
2.fotocópia do cheque de 5.000,00 euro entregue a título de sinal (frente e verso)
3.fotocópia do extracto bancário que espelhe o pagamento do sinal referido em 2)
4.fotocópia do documento contabilístico que espelhe o pagamento do sinal
5.fotocópia do cheque que titula a devolução à Junta de Freguesia do valor do sinal de 5.000,00€
6.fotocópia do extracto bancário que espelhe a entrada do cheque referido em 5)
7.fotocópia do movimento contabilístico da entrada do cheque de devolução do sinal.
De momento é tudo. Agradecendo antecipadamente a resposta, subscrevo-me com saudações democráticas.
O Eleito pelo PCP
Cândido Capela Dias"