A propósito do debate em torno das alegadas incompatibilidades entre o cargo de director da escola secundária das Taipas e o exercício do cargo de vereador, sem tempo distribuído mas com pelouro atribuído pela Câmara de Guimarães, esgrimem-se argumentos e evidenciam-se paixões que pouco ou nada contribuem para o esclarecimento do caso e conduzem a posições tipo braço de ferro que não interessam ao directamente visado, nem à escola que dirige, nem à autarquia que serve.
A questão é de ordem legal, antes de ser política. E sendo de ordem legal compete aos órgãos do ministério da educação e em último caso à justiça declarar se há ou não há incompatibilidade no exercício simultâneo dos dois cargos.
O arrastar desta indefinição, seja por birra política seja por outro motivo, desgasta o bom nome da pessoa em causa, afecta a escola e não beneficia ninguém. Se o parecer da tutela tornado público vai no sentido da incompatibilidade, percebe-se muito mal a espera por outro ou outros provavelmente favoráveis mas sem o peso institucional daquele. Mal vai o país quando um orgão do estado desrespeita a opinião de outro órgão do estado.