Na última Assembleia Municipal de Guimarães, o presidente da Câmara dr Magalhães disse alto e claramente que "o tempo não está para piscinas".Como esta afirmação foi feita em resposta às reservas levantadas pela CDU sobre a opotunidade das piscinas em tempo de crises (crise social e crise financeira), as palavras do dr. Magalhães só têm uma interpretação: as piscinas não são prioridade. E se não saõ prioridade, podem espera. Pelo menos.
Espantosamente lê-se na imprensa que o mesmo dr. Magalhães, não se sabe se na qualidade de presidente da Câmara se na qualidade de candidato à Câmara pelo PS, andou de vila em vila apresentando as piscinas.
Quer dizer, o que na assembleia municipal se classifica como luxo supérfluo em tempos de crises, deixa de o ser semanas depois e é apresentado como obra a executar como se não houvesse dificuldade nenhuma e se os seus destinatários fossem um povo sem problemas de emprego desejoso de ir a banhos.
Esta postura dupla do dr. Magalhães não abona a favor do seu crédito político. Não se pode confiar numa patominice do género do que ontem era verdade hoje é mentira. Além disso, que é grave, o comportamento do dr. Magalhães ofende o artigo 41º da Lei Eleitoral para os Órgãos Autárquicos,que diz, " os órgãos do Estado não podem intervir directa ou indirectamentel na campanha eleitoral , nem praticar actos que de algum modo favoreçam ou prejudiquem uma candidatura em detrimento ou vantagem de outra". Anunciar obras da Câmara, usando recursos da Câmara, que não serão realizadas no mandato a terminar mas no que se lhe segue e com a campanha eleitoral respectiva à vista é quanto a nós uma violação da lei que a ética política desaconselha., mas que sobretudo diz alguma coisa sobre a desigualdade entre listas concorrentes.
Você confia em quem diz uma coisa e faz outra?