Quinta-feira, 11 de Março de 2010
URBANISMO E SEGURANÇA OU PATROCÍNIO

A implantação de um equipamento, seja ele público ou seja ele privado, implica ou deve implicar análise cuidadosa dos efeitos que vai potencialmente provocar. Impacto urbanístico; impacto ambiental; impacto no trânsito e estacionamento. E, nalguns casos, impacto na segurança e tranquilidade públicas.

 

Confrontada com o pedido de viabilidade de construção de uma área de vendas de combustíveis e da ampliação da superfície comercial que lhe está associada, a Câmara terá feito uma apreciação sumária, ao mesmo tempo que procurou colher parecer de algumas entidades, entre as quais a Junta de Freguesia de Caldelas. Se assim procedeu, fez o que lhe compete fazer, reservando a decisão final para depois de ouvir as várias e diferentes opiniões, a maioria das quais não vinculativas.

 

Ao decidir como decidiu, isto é ao aprovar, mesmo com reservas, a viabilidade de construção, a Junta de Freguesia de Caldelas manifestou a sua vontade. Disse sim quando também podia ter dito não com a mesma legitimidade.

 

O que já não se compreende são os argumentos expendidos. Argumentar que a Câmara já havia aprovado, querendo com isso dizer que a sua opinião não valia nada, é justificação esfarrapada, porque mesmo que isso fosse verdade podia e devia dizer o que pensa, mesmo ou sobretudo quando o que a Junta pensa é diferente do que a Câmara pensa para as Taipas. Se assim procedesse, ficávamos todos a saber que a Junta tem um projecto urbanístico para a Vila e qual ele era. Como preferiu ficar de bem com o promotor, mas temente do desagrado das pessoas, sobretudo das que vão ter de viver com uma bomba, a Junta de Freguesia aprovou um são, ou seja um sim que é um não.

 

Já se sabia que a Junta de Freguesia de Caldelas não tem ideia do que quer para a Vila, tirando os lugares comuns do centro e do parque. Já se sabia que nada mais tendo para apresentar aos cidadãos do que o programa de Festas e uns arranjos de passeios, a Junta se entretinha na busca de soluções fantasiosas, como a residencial sénior, a marina para gaivotas.

 

Agora ficamos todos a saber que além de não ter projecto para a Vila, a Junta avalia os projectos que lhe são apresentados por critérios comerciais e especulativos, sacrificando o interesse urbanístico e a segurança das pessoas por patrocínio às Festas. É de lamentar.



publicado por org. pcp-taipas às 09:34
link do post | comentar | favorito

pesquisar
 
posts recentes

Jornal da Fraternidade - ...

Jornal da Fraternidade - ...

FESTA DA FRATERNIDADE 201...

GREVE GERAL

Comunicado do PCP/TAIPAS ...

Centenário de Álvaro Cunh...

José Manuel Torcato Ribei...

Delegação da CDU encontro...

Derrotar este governo e e...

Jornal da Fraternidade - ...

VIVA O 1.º de MAIO

IX Assembleia da Org. Reg...

IX Assembleia da Org. Reg...

25 de Abril sempre!

IX Assembleia da Org. Reg...

IX Assembleia da Org. Reg...

IX Assembleia da Org. Reg...

Jerónimo de Sousa na vila...

Sessão Cultural Evocativa...

Centenário do nascimento ...

arquivos

Abril 2014

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Novembro 2012

Outubro 2012

Julho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Junho 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

subscrever feeds