Mais uma vez comemoramos Abril. E mais uma vez o fazemos em festa e em luta.
Em festa, recordando os dias luminosos da Revolução de Abril, com as suas conquistas que transformaram profunda e positivamente Portugal, conferindo aos trabalhadores e ao povo aqueles direitos fundamentais a que todo o ser humano, pelo simples facto de existir, tem direito.
Em luta, erguendo bem alto a bandeira dos valores e dos ideais transformadores de Abril, que constituem referências dominantes para a luta das massas trabalhadoras e populares no tempo que vivemos.
Em festa, porque é de Abril que se trata e Abril foi a maior e a mais bela festa da nossa vida colectiva, desde logo com aquele inesquecível dia 25 e, depois, com os dias, semanas e meses que se lhe sucederam e que, porque foram tempos de iniciação de um país novo, ficaram para sempre marcados nas nossas memórias e nos nossos corações.
Em luta, porque é necessário, é imperioso derrotar aqueles que, de há trinta e sete anos a esta parte, tudo têm tentado para cerrar definitivamente as portas que Abril abriu – e se preparam, agora, para dar mais um perigoso passo nesse sentido.